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sexta-feira, dezembro 22, 2006

 


morte é nome
(não) contável

O frio crava-se-lhe
na palma mão

E o perfume negro
Da morte volatiza
Seu nome intransmissível...

o pranto desliza num rosário
Que ao despedaçar-se
Deixa pelos degraus
Da rua iluminada
Sinais equívocos de sentido único_

A vida não está
Na tua fronte mineralizada
E a morte no teu corpo
Devolve-meo frio

E os mil beijos que trouxe
E jamais te darei.

Dispo a alma,
Minha mão não me pertence,
A morte tem nome
E rouba-me os fios do teu cabelo
Que já não são de ninguém...
A morte é nome e pronome
De nós dois.

terça-feira, dezembro 19, 2006

 

Pasión y muerte

la mano izquierda
te sujetaba

pero la cruz
y la suerte
te pertenecían ya

y el barco de nuestras risas
soltaba amarras

sólo,
mi corazón,
se anclaba al llanto
savia amarga de los sentidos

Te quiero y te quiero
Oleré! te quiero

Y no me voy de aquí
Sin tu mirada, oleré!

Y me quedaré, oleré!,
Hasta cada alba, oleré
De todas las mañanitas, oleré!

Te quiero y te quiero
Olere! te quiero…

Me vestiré de tierra
Y en cada mañanita
Esperaré tu mirada
Me convertiré en gusano
Para ser mariposa
Y volaré hasta tu sonrisa…

Te quiero y te quiero
Olere! te quiero…

Cada mañanita ….

sábado, julho 02, 2005

 

BET
" Casa,lugar,habitación,morada:empieza así
la oscura narración de los tiempos:para que

algo tenga duración,fulguración, presencia:
casa,lugar,habitación,memória:se hace mano
lo cóncavo y centrola extensión: sobre las águas:
ven sobre las águas:dales nombres: para que lo
que no está esté,se fije y sea estar,estancia,
cuerpo: el hálito fecunda al humus: se despier-

tan, como de sí, las formas: yo reconozco a tien-
tas mi morada."
in Tres lecciones de tinieblas de José Ángel Valente
"work" de Ana Mendieta

quarta-feira, abril 20, 2005

 

Leap into The Void
Yves Klein (1928-1962)

quarta-feira, março 16, 2005

 

Eternal file

domingo, outubro 31, 2004

 
"_Canto de guerra_
(Apaches)
1.
Os pássaros
vêm
do sul.
Escuta: seus gritos passam.

2.
Arremesso-me
com todo o corpo.

3.
No extremo da terra
a luz bate-lhe primeiro.
Dá-me
o teu poderio,
ó Espírito Grande."

in Poemas Ameríndios ,
mudados para português
por Herberto Helder

a imagem _ esse secreto imaginário que escondemos nas nossas representações,
ou desocultamos nos nossos alfabetos, convencionais, mas
belos...
a caligrafia não me é permitida já como "internauta", ou ciberviajante ,
a leitura, fica como "foto":

há que ver onde está o olhar sobre a imagem...
no som ou na cor ( como engano dos deuses, em Luz ...) ?

No Extremo da terra,
a luz dói-nos...
antes de uns dias
onde
a Imagem se "revelar(h)á "...
vemos a preto e branco,
porque temos a luz da noite,
uma esperança...


quinta-feira, maio 27, 2004

 
Para Rui Chafes

domingo, janeiro 11, 2004

 
Já me tinha esquecido... como ela era uma tonta dos
açúcares
, uma grande trabalhadora de doces
pastelices
, apenas!




Já me tinha esquecido como Josefa era, em Portugal,
uma artesã!


Sobretudo depois de ter visto uma exposição, no Museu Regional de Évora, onde
ela confraternizava com seu mestre pintor, entre muitas (agora a sério) artesãs...


Já me tinha esquecido de que as mulheres não sublimam os instintos na arte, são só instintivas!!! Tal qual coincidência simbólica, como as da geometria!!!




Já me tinha esquecido de como:
ou as mulheres se esforçam por contrariar a sua natureza e... São as que tentam imitar os homens,
ou são femininas e por isso tão... Tão Artesãs!!! (Com letra grande, para algumas, claro!...)

Ainda bem que a Paula Rego teve filhos! Sabe-se lá!
É que ela trabalha muito... E tem uma intuição muito feminina e... Não será que aquilo é só instinto?!


sábado, novembro 01, 2003

 
I° de novembro
DESASTRES DA GUERRA

Os fuzilamentos...

44.“yo lo vi”...

desde a Quinta do Surdo, maio, 1808



38.Bárbaros !
2.Con razón o sin ella
5.Y son fieras
7.Que valor!
22.Tanto y mas
10.Tampoco
52.No llegan a tiempo
60.No hay quien los socorra
15.Y no hay remedio
18.Enterrar y callar
23.Lo mismo en otras partes
24.Aun podrán servir
68.Que locura !
26.No se puede mirar
62.Las camas de La muerte
39.Grande hazaña ! Con muertos !
36.Tampoco
79.Murió La verdad
80.Si resuscitarà ?

69.Nada. [ Ello dirá.]







Contemplações de uma amadora!

A sequência e selecção do conjunto das oitenta estampas de Los Desastres de la Guerra, de Goya é a minha breve resposta a um já sólido encantamento que me vem acompanhando desde há anos:

Quando no Prado me deixei ver pelo Perro, espreitando de toda a negritude da noite sem som, fiquei ali, por ali...
Pouco antes tinha saído eu da luz total de outro génio, Velázquez,
então naquela espreitadela atraiu-me a liberdade solitária de um extraordinário artista.
Esta tatuagem que trago do Perro é como um autógrafo de Goya,
e não é por esta obra em particular, é porque é um Perro de Goya, como uma oblíqua piscadela que me arrebatou num compromisso, a contemplação...
Depois vem tudo, a história, o toureiro, aventureiro, visceral amante das gentes que conhecia das tavernas, dos bordéis, do paço, das ruas, dos caminhos, da cumplicidade de um defensor da Liberdade que uma europa “civilizada”, então, prometeu, em vão...
mas Goya, embora “iluminado” pelas novas ideias, libertário, nunca desistiu das gentes de sempre, nem da Liberdade que encontrou na solidão do olhar do seu fiel amigo que já não podia ouvir, e da luz residual do silêncio nocturno ele afirma :
Yo lo vi / “Eu vi aquilo” ...

Numa exemplar técnica herdeira de toda a perfeição da “luz escultórica” do barroco, Goya deixa-nos também a herança do olhar proverbial, sentencioso, implacável, da voz do povo humilhado: as estampas de Os Caprichos ou Os Desastres da Guerra, entre outros da sua Obra...
É tão ampla a sua obra ... que neste momento me afogo nas palavras que nada referem do que eu gostaria de poder ter dito sobre
Francisco Goya y Lucientes,
Dedico esta minha verdadeiramente humilde “contemplação” de simples amadora
A um homem cujo coração sentiu GOYA de uma forma especial, o imenso actor espanhol PACO RABAL...

quinta-feira, outubro 16, 2003

 
este é um sítio onde serão editadas histórias com imagens, imagens com histórias, ensaios, ditos (mais do que opinativos), deste tempo da imagem da imagem.

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