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sábado, novembro 01, 2003

 
I° de novembro
DESASTRES DA GUERRA

Os fuzilamentos...

44.“yo lo vi”...

desde a Quinta do Surdo, maio, 1808



38.Bárbaros !
2.Con razón o sin ella
5.Y son fieras
7.Que valor!
22.Tanto y mas
10.Tampoco
52.No llegan a tiempo
60.No hay quien los socorra
15.Y no hay remedio
18.Enterrar y callar
23.Lo mismo en otras partes
24.Aun podrán servir
68.Que locura !
26.No se puede mirar
62.Las camas de La muerte
39.Grande hazaña ! Con muertos !
36.Tampoco
79.Murió La verdad
80.Si resuscitarà ?

69.Nada. [ Ello dirá.]







Contemplações de uma amadora!

A sequência e selecção do conjunto das oitenta estampas de Los Desastres de la Guerra, de Goya é a minha breve resposta a um já sólido encantamento que me vem acompanhando desde há anos:

Quando no Prado me deixei ver pelo Perro, espreitando de toda a negritude da noite sem som, fiquei ali, por ali...
Pouco antes tinha saído eu da luz total de outro génio, Velázquez,
então naquela espreitadela atraiu-me a liberdade solitária de um extraordinário artista.
Esta tatuagem que trago do Perro é como um autógrafo de Goya,
e não é por esta obra em particular, é porque é um Perro de Goya, como uma oblíqua piscadela que me arrebatou num compromisso, a contemplação...
Depois vem tudo, a história, o toureiro, aventureiro, visceral amante das gentes que conhecia das tavernas, dos bordéis, do paço, das ruas, dos caminhos, da cumplicidade de um defensor da Liberdade que uma europa “civilizada”, então, prometeu, em vão...
mas Goya, embora “iluminado” pelas novas ideias, libertário, nunca desistiu das gentes de sempre, nem da Liberdade que encontrou na solidão do olhar do seu fiel amigo que já não podia ouvir, e da luz residual do silêncio nocturno ele afirma :
Yo lo vi / “Eu vi aquilo” ...

Numa exemplar técnica herdeira de toda a perfeição da “luz escultórica” do barroco, Goya deixa-nos também a herança do olhar proverbial, sentencioso, implacável, da voz do povo humilhado: as estampas de Os Caprichos ou Os Desastres da Guerra, entre outros da sua Obra...
É tão ampla a sua obra ... que neste momento me afogo nas palavras que nada referem do que eu gostaria de poder ter dito sobre
Francisco Goya y Lucientes,
Dedico esta minha verdadeiramente humilde “contemplação” de simples amadora
A um homem cujo coração sentiu GOYA de uma forma especial, o imenso actor espanhol PACO RABAL...

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